Qual país teve mais papas na história?

A Itália é o país que teve o maior número de papas na história da Igreja Católica, com um total de 217 papas italianos. O primeiro papa, São Pedro, foi martirizado em Roma no ano 64 d.C. E o mais recente, o Papa Francisco, também é italiano e foi eleito em 2013.

Mas por que a Itália teve tantos papas ao longo dos séculos? E quais foram os outros países que também deram ao mundo diversos pontífices? Vamos analisar o contexto histórico e a importância da nacionalidade dos papas.

Por que a Itália teve tantos papas?

Existem algumas razões principais pelas quais a Itália concentra a maior parte dos 266 papas da história:

A Igreja Católica foi fundada em Roma

O catolicismo surgiu e se estabeleceu em Roma, capital do Império Romano. São Pedro, considerado o primeiro papa pelos católicos, fixou sua sé episcopal em Roma. Desde então, o papa sempre foi o Bispo de Roma, então é natural que muitos papas tenham sido italianos.

A Itália foi um centro do cristianismo por séculos

Sendo a sede da Santa Sé e do catolicismo, a Itália se tornou um grande polo de evangelização e centro do cristianismo. As principais ordens religiosas, seminários, universidades e basílicas estavam concentradas na Itália, gerando assim muitos clérigos italianos bem preparados para o pontificado.

A Igreja tinha o hábito de eleger papas italianos

Durante a maior parte da história papal, havia a tendência dos cardeais eleitores de escolher italianos para o trono de Pedro. Muitas vezes buscava-se manter a tradição ou agradar as famílias nobres e poderosas da Itália.

Essas são as razões centrais que explicam a predominância histórica de papas italianos, embora esse padrão tenha sido quebrado em algumas ocasiões.

Outros países com grande número de papas

Apesar da supremacia italiana, vários papas também vieram de outras nações europeias importantes para a cristandade:

  • França – 17 papas
  • Grécia – 17 papas
  • Síria – 17 papas
  • Alemanha – 8 papas
  • Espanha – 6 papas
  • Holanda – 1 papa

O último pontífice não italiano foi o Papa Bento XVI, da Alemanha, eleito em 2005. Antes dele, os últimos estrangeiros haviam sido os papas João Paulo II (polonês) e Adrian VI (holandês) no século XVI.

Atualmente, cerca de metade dos cardeais eleitores são de fora da Itália. Isso torna provável que o próximo papa possa ser de outra nacionalidade, como da América Latina ou África.

A importância da nacionalidade dos papas

A origem do papa nunca foi um aspecto trivial ou insignificante. Pelo contrário, a nacionalidade dos pontífices sempre teve impacto sobre o seu pontificado e perspectivas:

  • Influencia no foco dado a certos temas teológicos e sociais. Um papa do hemisfério sul, por exemplo, tende a priorizar questões como pobreza, desigualdade e mudanças climáticas.
  • Afeta o equilíbrio de poder entre nações dentro do Vaticano e a política externa da Santa Sé. Um papa francês no século XIV fortaleceu alianças com a França, por exemplo.
  • Determina qual língua e cultura terá mais destaque. João Paulo II deu mais visibilidade à Polônia e eslava durante seu papado.
  • molda a perspectiva sobre eventos globais e regionais, conforme a história e visão de mundo de cada lugar.

Portanto, a nacionalidade dos papas tem consequências muito reais e profundas, mesmo que em temas espirituais e doutrinários a diversidade não faça tanta diferença assim.

Conclusão

A Itália sem dúvida alguma foi o país que mais produziu papas, com 217 no total, por razões históricas e geográficas óbvias. Apesar disso, muitos outros pontífices vieram de diversas nações europeias importantes para o catolicismo.

E recentemente a tendência é aumentar essa diversidade de origem entre os papas, o que certamente trará novas perspectivas e mudanças para o Vaticano e a Igreja como um todo. Mas o impacto da nacionalidade dos papas sempre existiu de diversas formas ao longo dos séculos.

Perguntas frequentes

Quantos papas já existiram na história?

  • Já houve 266 papas na história da Igreja Católica.

Qual foi o último papa não italiano?

  • O último papa não italiano foi Bento XVI, da Alemanha, entre 2005 e 2013.

De que país era o Papa João Paulo II?

  • O Papa João Paulo II era da Polônia. Ele foi o primeiro papa polonês e o primeiro não italiano em 455 anos.

Pode um papa ser de fora da Europa?

  • Sim, teoricamente qualquer católico batizado pode se tornar papa, independente de sua nacionalidade. Na prática, a maioria foi europeia, mas papas latino-americanos ou africanos são possíveis no futuro.

Qual a importância da origem do papa?

  • A origem do papa tem influência sobre seu foco em certos temas, relações internacionais do Vaticano e perspectivas sobre eventos globais. Mas não afeta dogmas religiosos.