Quais Pecados Só O Papa Pode Perdoar?

A Igreja Católica acredita que certos pecados são tão graves que só o papa tem autoridade para conceder a absolvição. Esses pecados são chamados de “pecados reservados” porque seu perdão é “reservado” ao papa.

Pecados Reservados

De acordo com a lei canônica da Igreja Católica, existem 5 pecados que são considerados reservados ao papa:

  • Profanação das espécies eucarísticas consagradas – Isso se refere a tratar a hóstia consagrada de maneira irreverente ou imprópria depois da celebração da missa.
  • Conspiração contra o pontífice – Isso inclui tentativas de assassinato ou deposição violenta do papa.
  • Absolvição do cúmplice em pecado contra o sexto mandamento – Isso se refere a um padre que absolve alguém com quem ele mesmo cometeu um pecado sexual.
  • Consecration of a bishop without pontifical mandate – This refers to the improper or invalid consecration of a bishop.
  • Violation of the sacramental seal by a confessor – This is when a priest reveals the contents of a sacramental confession which is forbidden by canon law.

Os bispos também podem receber a autoridade do papa para absolver alguns ou todos esses pecados em suas dioceses. Mas, em geral, a absolvição desses pecados é reservada ao papa, que normalmente delega essa autoridade ao pessoal da Penitenciaria Apostólica no Vaticano.

Absolvição Papal

Quando alguém comete um desses pecados reservados, ele ou ela deve procurar o perdão do papa. Isso geralmente é feito contactando a Penitenciaria Apostólica no Vaticano e solicitando a absolvição papal.

O indivíduo será instruído a escrever uma carta detalhando seu pecado e expressando profundo arrependimento. Essa petição de absolvição é examinada por oficiais da Penitenciaria e, eventualmente, pelo papa.

Se concedido, o perdão papal libera o penitente da excomunhão e de outras penas canônicas. No entanto, uma absolvição válida ainda requer que a pessoa também se confesse com um padre local depois de receber a absolvição papal.

Propósito

A Igreja reserva esses pecados particulares ao papa por alguns motivos:

  • Enfatizar a gravidade de certos atos que causam grandes danos à Igreja
  • Incentivar os fiéis a se confessarem regularmente com seus padres locais para evitar esses pecados graves
  • Reservar os casos mais sérios ao discernimento e julgamento do pontífice
  • Manifestar a plenitude da autoridade pastoral do papa como sucessor de Pedro

A reserva papal não significa que esses pecados não possam ser perdoados ou que Deus não concede seu perdão. Mas destaca a necessidade de recorrer à mais alta autoridade eclesiástica para a reconciliação nesses casos excepcionais.

História

A prática de reservar certos pecados ao bispo ou ao papa remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Com o tempo, uma lista de pecados reservados foi se desenvolvendo e sendo codificada no direito canônico.

A lista atual de cinco pecados reservados foi estabelecida em 1869 pelo papa Pio IX. Antes disso, os pecados reservados variaram ao longo da história, às vezes incluindo ofensas como: heresia, apostasia, magia, simonia, violação de clausura e assassinato.

Até 1983, quando o novo Código de Direito Canônico foi promulgado, a violação do sigilo sacramental também era considerada um pecado reservado. Agora, ele continua sendo gravíssimo mas não requer mais a absolvição papal obrigatória.

Significado atual

Embora os pecados reservados sejam raros, eles mantêm significado e importância na Igreja Católica contemporânea.

Reservar esses pecados ao papa é uma maneira de a Igreja enfatizar sua oposição aos atos que ferem gravemente a comunhão eclesial e a santidade dos sacramentos. Isso serve como um alerta para todos os católicos sobre a gravidade de certas ofensas.

Além disso, demonstra o desejo da Igreja de acolher os pecadores arrependidos, mesmo aqueles que cometeram graves delitos canônicos. A disponibilidade da absolvição papal é um sinal da misericórdia divina oferecida através do ministério petrino.

Perguntas Frequentes

1. Quem pode absolver pecados na Igreja Católica?

De modo geral, todos os sacerdotes têm o poder de absolver pecados por meio do sacramento da confissão. Mas em casos raros de pecados muito graves, chamados de “reservados”, a absolvição é reservada aos bispos ou ao papa.

2. A absolvição papal é obrigatória para todo e qualquer pecado grave?

Não. A maioria dos pecados graves pode ser perdoada na confissão normal com um padre local. Somente 5 pecados específicos requerem a absolvição reservada ao papa.

3. Como alguém pode obter o perdão papal?

Entrando em contato com a Penitenciaria Apostólica do Vaticano, confessando o pecado reservado por escrito, expressando arrependimento e solicitando humildemente a absolvição do papa.

4. A absolvição papal tem algum custo ou taxa?

Não. O perdão sacramental nunca tem custos e é concedido gratuitamente como um dom de Deus.

5. Uma pessoa precisa se confessar novamente após receber a absolvição papal?

Sim, a pessoa deve se confessar com um padre local depois para uma absolvição sacramental completa e válida. A absolvição papal é apenas o primeiro passo.

6. A absolvição papal é garantida para quem pede?

Não necessariamente. O papa tem autoridade para discernir a sinceridade do arrependimento antes de conceder a absolvição. Em alguns casos, ele pode negar ou adiar a absolvição.

7. A absolvição papal pode ser obtida anonimamente?

Não. A pessoa deve se identificar totalmente na petição à Penitenciaria Apostólica para que a validade do processo seja garantida.

8. Qual a necessidade de reservar pecados se Deus pode perdoar diretamente?

Embora Deus certamente possa perdoar diretamente, a Igreja deseja que os católicos se reconciliem visivelmente através dos sacramentos instituídos por Cristo.

9. Os bispos diocesanos também podem absolver pecados reservados?

Sim, se receberem permissão explícita do papa para fazer isso em seus territórios de jurisdição. Mas isso raramente é concedido.

10. A lei da Igreja sobre pecados reservados pode mudar no futuro?

Sim. O papa tem autoridade para modificar quais pecados são considerados reservados. Por exemplo, a violação do sigilo da confissão já foi reservada mas não é mais.