A Igreja Católica possui normas e preceitos que orientam a vida cristã de seus fiéis. Embora sejam em grande número, há 5 regras centrais que resumem o essencial da prática religiosa católica.
Participar da Missa aos domingos e dias santos
A participação semanal na Missa é obrigatória para os católicos, pois neste dia comemora-se a Ressurreição de Cristo. Além disso, na Missa recebe-se a Sagrada Eucaristia, celebrando a comunidade com Deus e os irmãos. Faltar à Missa num domingo ou dia santo obrigatório, sem um motivo sério, é considerado pecado.
Confessar os pecados pelo menos uma vez por ano
Todo católico, tendo cometido pecado mortal, é obrigado a confessar seus pecados, pelo menos uma vez por ano. A Confissão é o único meio ordinário para obter o perdão de Deus por nossos pecados após o Batismo. Deve ser feita com sinceridade e propósito de emenda.
Fazer jejum e abstinência na Quaresma
A Quaresma é tempo de conversão e penitência. O jejum consiste em fazer apenas uma refeição forte ao dia. A abstinência é não comer carne. Ambos devem ser observados na Quaresma, principalmente na Sexta-Feira Santa. Outros dias de jejum e abstinência também devem ser respeitados.
Ajudar a Igreja nas necessidades materiais
Os católicos têm o dever de ajudar nas necessidades materiais da Igreja, cada um conforme suas posses. Isso se realiza principalmente pela contribuição financeira durante as coletas na missa dominical. Auxiliar na construção de templos, projetos pastorais e caridades da Igreja também é uma obrigação moral.
Obrigação de casar pelo rito católico
O matrimônio de dois católicos ou de um católico com um não-católico deve ocorrer obrigatoriamente de acordo com as normas e ritos da Igreja Católica para ser válido aos olhos da instituição. Casar somente no civil não basta para os católicos.
Regras complementares importantes
Além dessas 5 regras centrais, há outras normas católicas importantes, mesmo que não sejam obrigatórias com o mesmo peso das anteriores:
- Receber a Comunhão na Páscoa;
- Não trabalhar aos domingos e dias santos;
- Ajudar os pobres e necessitados;
- Pertencer a uma paróquia e apoiar seu pároco;
- Não ler nem difundir livros contrários à fé católica;
- Educar os filhos na religião católica;
- Cultivar devoções como o Rosário e os santos.
Origem das regras católicas
As regras da Igreja têm sua origem nas Sagradas Escrituras, na Tradição Apostólica e no Magistério da Igreja, que as formalizou e desenvolveu ao longo dos séculos sob a orientação do Espírito Santo. Elas visam orientar os fiéis rumo à santidade, ajudando-os a crescer na fé e a evitar o pecado.
Obediência às regras
Embora sejam obrigatórias, as regras existem para o bem espiritual dos fiéis e não como mero formalismo. Devem ser cumpridas com espírito de fé, entendendo sua importância para a vida cristã. A Igreja tem autoridade para estabelecer normas, pois foi instituída por Jesus para guiar os fiéis até Ele.
Flexibilização das regras
A Igreja também pode flexibilizar algumas regras por motivos justos e temporários. Por exemplo, idosos e doentes podem ser dispensados do jejum. Algumas paróquias celebram Missa mais cedo aos domingos para permitir que fiéis trabalhem depois. O essencial é que a finalidade das regras seja mantida.
Perguntas frequentes
1. É pecado perder a Missa de domingo por preguiça?
Sim, perder a Missa num domingo ou dia santo de guarda por mera preguiça ou descuido, sem um motivo sério, é considerado pecado. Faltar à Missa neste dia é quebrar um mandamento importante da Igreja.
2. Posso me confessar diretamente com Deus sem ir ao sacerdote?
Não. A Confissão direta a Deus não é suficiente no catolicismo. É preciso confessar os pecados para o sacerdote, representante de Cristo, exceto em casos extremos de impossibilidade.
3. O que acontece se não me confessar por muitos anos?
Deixar de se confessar por anos é um grave descuido spiritual. Embora não haja um número determinado de anos, ficar muito tempo sem se confessar traz grandes prejuízos à vida cristã e salvação.
4. Contribuir financeiramente é realmente obrigatório?
Sim, fazer contribuições financeiras segundo as próprias posses é obrigatório para ajudar a Igreja a exercer sua missão. É um dever de justiça e caridade dos fiéis. Mas não existe um valor mínimo determinado.
5. E quanto a casais que já vivem juntos sem casar na Igreja?
A Igreja pede que se casem pelo rito católico e regularizem a situação para poderem receber os sacramentos. Mas compreenderá as dificuldades, bastando boa vontade em acertar a situação com o tempo.
6. Como a Igreja vê quem não segue essas regras centrais?
A Igreja busca sempre acolher com misericórdia e paciência os fiéis que descumprem suas leis, convidando-os ao retorno e conversion. Mas isso não significa aprovar tais atos, sempre considerados ilícitos.
7. É possível ser católico sem seguir todas essas normas?
Pode-se ser católico com falhas e limitações no cumprimento das normas. Mas é preciso ter o desejo sincero de buscar a vontade de Deus e a santidade. Rejeitar deliberadamente os mandamentos fere a comunhão com a Igreja.
8. A Igreja pode mudar algumas dessas regras principais?
As autoridades da Igreja têm um limitado poder de mudar aspectos disciplinares e ritos. Mas os mandamentos de origem bíblica e ligados à essência da fé, como os citados aqui, estão além de mudanças.
9. O que a Bíblia diz sobre obedecer a Igreja Católica?
Passagens como “Quem vos escuta a mim escuta” (Lc 10,16) indicam que desobedecer a Igreja é desobedecer a Cristo. A Igreja tem autoridade dada por Jesus para guiar os fiéis e seu ensino deve ser aceito.
10. Se eu morrer em pecado por desobedecer a Igreja, posso me salvar?
Se morrermos em pecado grave nos colocamos em grande risco de condenação. Mas Deus julgará cada caso levando em conta a ignorância, difíceis situações de vida, arrependimento imperfeito. A esperança na misericórdia deve existir.