Nenhum Papa na História Teve Oito Filhos

Diferentemente do que alguns rumores ou lendas urbanas possam sugerir, nenhum papa na história da Igreja Católica teve oito ou mais filhos. Na verdade, os papas são obrigados a manter celibato e não podem ter filhos – o que faz desta afirmação falsa logo à primeira vista.

O celibato clerical, que proíbe os padres e bispos católicos de se casarem e ter filhos, existe como regra obrigatória desde o Século XI. Portanto, é impossível que algum papa tenha tido oito descendentes, considerando que o papa é escolhido entre os cardeais, que por sua vez devem seguir estritamente o celibato.

No máximo, existem relatos de alguns papas que tiveram filhos ilegítimos quando ainda não tinham sido ordenados padres ou bispos. Mas nenhum deles chegou perto de ter oito crianças.

Papas Com Filhos

Houve sim alguns papas na história que tiveram filhos antes de entrarem para a vida clerical. Porém, esses casos foram raros e nenhum deles gerou oito crianças.

O papa mais famoso a ter filhos foi Alexandre VI, no final do Século XV. Ele teve vários filhos ilegítimos com sua amante Vannozza dei Cattanei antes de se tornar papa, mas os historiadores confirmam que foram quatro filhos somente.

Outros papas também são conhecidos por terem tido filhos anteriormente, como Júlio II, Paulo III e Inocêncio VIII. Mas todos eles tiveram no máximo dois ou três filhos. Nenhum chegou nem perto das oito crianças.

Portanto, é falso o boato de que algum papa ignorou as regras do celibato ao ponto de gerar oito descendentes.

Regra do Celibato Clerical

A exigência de que os padres católicos mantenham celibato surgiu no início do Cristianismo, mas só se tornou uma regra rígida a partir do Século XI. Em 1139, o Segundo Concílio de Latrão decretou que os padres não poderiam mais se casar ou ter relações.

Essa regra foi imposta como uma forma de evitar que bens da Igreja fossem herdados pelos filhos de padres. Além disso, acreditava-se que o celibato permitia que os padres se dedicassem totalmente à fé e ao rebanho sem distrações.

Desde então, todo católico que deseja seguir a carreira clerical precisa fazer um voto de celibato. Isso inclui os cardeais, que elegem o papa, e o próprio papa.

Casos Raros de Exceções

Existem raríssimas exceções à regra do celibato. Em alguns casos específicos, homens casados podem se ordenar padres católicos:

  • Padres anglicanos ou de outras religiões que se convertem ao catolicismo.
  • Padres casados de igrejas orientais que se unem à Igreja Católica.
  • Homens casados que se tornam diáconos permanentes e depois padres.

Porém, essas exceções representam uma parcela ínfima do clero e não incluem bispos ou cardeais, muito menos papas. Na esmagadora maioria dos casos, apenas celibatários podem ascender na hierarquia católica.

Portanto, é correto afirmar que nenhum papa na história da Igreja Católica teve oito ou mais filhos, pois isso seria totalmente contrário às leis de celibato impostas aos homens que se tornam Sumo Pontífice.

Perguntas frequentes

Os papas são realmente obrigados a serem celibatários?

Sim. Desde o Século XI, uma lei da Igreja Católica exige que todos os padres, bispos, cardeais e papas mantenham celibato obrigatório. Eles não podem se casar nem ter relações.

Nenhum papa transgrediu essa regra na história?

Pouquíssimos papas tiveram filhos antes de entrarem para a vida clerical. Mas, depois de ordenados, nenhum tem registro de ter gerado descendência. A regra do celibato é levada muito a sério, especialmente para o papa.

Quantos filhos os papas chegaram a ter?

Os dados históricos confirmam no máximo 3 ou 4 filhos ilegítimos gerados por papas antes da ordenação. Nenhum deles chegou perto de 8 filhos. Os papas não costumavam nem mesmo ter um filho sequer.

Por que a Igreja Católica adotou o celibato?

Inicialmente para evitar disputas pela herança de padres, mas depois se consolidou pela crença de que o celibato permitia maior dedicação dos religiosos à fé.

O celibato é exigido em outras religiões?

As demais religiões cristãs abandonaram o celibato obrigatório ao longo dos séculos. O catolicismo romano é a única que manteve essa tradição até os dias de hoje.

O celibato não poderia ser flexibilizado para a falta de padres?

Alguns defendem que permitir que padres se casem ajudaria com a escassez de vocações sacerdotais. Porém, essa quebra de tradição enfrenta resistência dos setores mais conservadores da Igreja.

O voto de celibato vale para freiras também?

Sim. Freiras e monjas católicas também precisam seguir celibato e não podem se casar nem ter relacionamentos íntimos.

Um papa poderia abolir o celibato se quisesse?

Teoricamente sim, o papa tem autoridade para isso. Mas seria muito difícil um papa ir contra séculos de tradição sobre um tema que divide opiniões dentro do Catolicismo.

O que acontece se um padre ou papa quebrar o voto de celibato?

Ele é excomungado e impedido de exercer suas funções religiosas. Abandonar o celibato é visto como uma grave violação às leis da Igreja.