Como o Papa é eleito? Quando o papa morre ou renuncia, os cardeais se reúnem na Capela Sistina no Vaticano para um conclave a fim de eleger o novo papa. A votação ocorre até que um cardeal receba dois terços dos votos.
É possível recusar tornar-se papa? Sim, é permitido que um cardeal recuse a eleição para o papado. Porém, isso raramente ocorreu na história. Recusar a papado é uma decisão séria com implicações significativas.
O processo de eleição papal
A eleição do papa, conhecida como conclave, ocorre na Capela Sistina com os cardeais menores de 80 anos votando de forma secreta. Eles são trancados na capela até a eleição de um novo pontífice.
O processo começa com uma votação para sondar os nomes mais populares. Depois, começam as rodadas de votação oficial. Duas rodadas ocorrem de manhã e duas à tarde até um candidato obter dois terços dos votos.
Quando isto ocorre, o novo papa é perguntado se ele aceita a eleição. Se ele aceitar, torna-se imediatamente o novo papa. Se recusar, a votação recomeça do zero.
Aceitar ou recusar o papado
Ao longo da história, a grande maioria dos cardeais eleitos para o papado aceitaram a responsabilidade, mesmo que relutantemente. Recusar é extremamente raro, com apenas alguns casos conhecidos.
Alguns motivos para recusar incluem se sentir indigno, estar muito idoso ou doente, ou simplesmente não desejar a posição. O cardeal Roberto Bellarmino recusou em 1621 alegando seus 86 anos de idade.
Recusar o papado é uma decisão muito séria e controversa, uma vez que é considerado um chamado divino ao qual um cardeal deve corresponder. O recusante deve ter fortes convicções para ir contra a vontade do Colégio dos Cardeais.
Histórico de cardeais que recusaram o papado
Alguns papas que inicialmente recusaram mas depois aceitaram foram Celestino V em 1294 e Gregório X em 1271. O cardeal Bartolomeu Prigano recusou o papado em dois conclaves seguidos em 1492.
Outros famosos recusantes foram os cardeais Reginaldo Pole em 1549, Marcellino Cajetan em 1513 e Aeneas Sylvius Piccolomini em 1455, embora este último tenha aceitado em uma eleição posterior como Pio II.
Conclusão
Portanto, é possível um cardeal eleito recusar tornar-se o Sumo Pontífice, por mais raro que seja. A recusa tem profundo impacto, forçando uma nova eleição. Mas se o cardeal tiver fortes razões, ele pode decidir que é melhor para a Igreja recusar, em vez de aceitar uma responsabilidade esmagadora para a qual ele acredita não estar preparado.
1. Quantos cardeais já recusaram se tornar papa ao longo da história?
Ao longo de toda a história papal, aproximadamente uma dúzia de cardeais recusaram a eleição para o pontificado. Alguns exemplos famosos são Roberto Bellarmino e Bartolomeu Prigano.
2. O que acontece quando um cardeal se recusa a aceitar sua eleição como papa?
A eleição recomeça do zero, com nova votação. É uma situação muito rara e problemática, que deixa a Igreja temporariamente sem líder.
3. Um cardeal pode mudar de ideia depois de inicialmente recusar?
Não. A recusa papal é definitiva e irrevogável. O conclave precisaria reiniciar o processo do zero para escolher outro candidato.
4. Recusar tornar-se papa é considerado um ato de humildade ou covardia?
Geralmente é visto como um ato de humildade, quando o cardeal se sente indigno. Mas alguns o veem como covardia em face da enorme responsabilidade.
5. Qual foi o papa mais velho a ser eleito?
O papa mais velho já eleito foi Celestino III, com 85 anos de idade, em 1191. Alguns cardeais idosos recusaram alegando já estarem muito velhos e frágeis.
6. É possível um papa recusar a própria renúncia depois de anunciá-la?
Não. A lei canônica estabelece que a renúncia papal é irrevogável a partir do momento em que é anunciada publicamente.
7. Algum papa já renunciou antes mesmo de ser formalmente empossado?
Sim, o papa Celestino V renunciou em 1294, apenas cinco meses depois de sua eleição, antes mesmo de ser ordenado padre ou consagrado bispo.
8. Como a Igreja Católica encara a recusa de um cardeal eleito ao papado?
Embora rara, a recusa é vista como um ato legítimo se baseado em razões sérias. Mas também é problemático, pois deixa a Igreja sem líder em um momento de instabilidade.
9. O número de cardeais que recusaram diminuiu historicamente?
Sim, as recusas foram mais comuns no passado distante, quando o papado frequentemente envolvia mais conflitos políticos. Hoje, as recusas são extremamente raras.
10. Qual foi o conclave mais longo da história devido a múltiplas recusas?
O conclave de 1268-1271 foi o mais longo da história, durando quase 3 anos, devido a divisões entre facções e múltiplas recusas antes da eleição de Gregório X.